A Global Legal Entity Identifier Foundation (GLEIF) foi criada em junho de 2014 pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), com o objetivo de promover a transparência nos mercados financeiros globais. A fundação é apoiada e supervisionada pelo Comitê de Supervisão Regulatória (ROC), que reúne autoridades públicas de diversos países.
A GLEIF é uma organização supranacional, sem fins lucrativos, com sede na Suíça, responsável por apoiar a implementação e o uso do Identificador de Entidade Jurídica (LEI). Gerard Hartsink foi nomeado presidente inaugural do conselho, composto por 15 diretores.
A GLEIF atua como uma entidade independente, sem vínculos políticos ou comerciais, garantindo a integridade operacional do Sistema Global LEI. Entre suas principais funções estão:
Manter e melhorar continuamente a qualidade e a disponibilidade dos dados LEI.
Tornar o Global LEI Index acessível gratuitamente, sendo a única fonte mundial de dados abertos, padronizados e confiáveis sobre entidades jurídicas.
Apoiar indivíduos e organizações na tomada de decisões mais seguras e econômicas sobre parceiros comerciais e clientes.
Graças ao trabalho da GLEIF, o LEI continua a ser o padrão da indústria mais adequado para fornecer dados abertos e confiáveis para a gestão única de identificação de entidades jurídicas. A fundação endossou a Carta Internacional de Dados Abertos, com o objetivo de promover maior consistência e colaboração para promover uma maior adoção e implementação de princípios, padrões e procedimentos de dados abertos, partilhados em todos os setores a nível global.
Atualmente, os LEIs são amplamente utilizados por entidades nos EUA, Europa e outras regiões onde a regulamentação exige a identificação única das contrapartes em relatórios financeiros. Autoridades públicas usam o LEI para avaliar riscos, monitorar o mercado e garantir a integridade dos dados financeiros.
Além disso, o LEI oferece benefícios para o mundo dos negócios, simplificando a validação e mapeamento de entidades jurídicas globalmente, contribuindo para inovações tecnológicas como o blockchain.
Por exemplo, bancos, que costumam usar vários identificadores para o mesmo cliente ou fornecedor, podem reduzir custos e ineficiências com o uso do LEI. Estima-se que o uso do LEI em operações financeiras, como cartas de crédito, pode gerar uma economia de até US$ 500 milhões por ano para o setor bancário.
O LEI também simplifica processos como verificação de identidade, faturamento e assinatura digital, tornando as transações financeiras mais rápidas, seguras e econômicas. Além disso, ajuda a cumprir regulamentos contra lavagem de dinheiro (AML) e a reduzir erros em reportagens financeiras.