A ISO 20022 é um padrão internacional para mensagens financeiras que está ganhando adoção global em diversos mercados, inclusive no Brasil. Diferente dos formatos tradicionais, que muitas vezes são rígidos e limitados, a ISO 20022 utiliza uma linguagem comum baseada em XML, que permite maior riqueza, flexibilidade e padronização nas informações trocadas entre instituições financeiras.
Esse padrão facilita a comunicação clara e detalhada em pagamentos, transferências, cobranças e outros tipos de transações financeiras, trazendo benefícios importantes como:
Melhor interoperabilidade: Facilita a troca de informações entre diferentes sistemas e países, reduzindo erros e retrabalhos.
Informações mais completas: Permite incluir dados mais ricos e estruturados, como o Identificador de Entidade Jurídica (LEI), o que ajuda na validação e compliance.
Suporte à inovação: Com dados padronizados e detalhados, abre caminho para soluções financeiras mais inteligentes, automação e análise avançada.
Conformidade regulatória: Atende às exigências de reguladores globais que estão migrando seus requisitos para esse padrão.
No Brasil, o Banco Central tem impulsionado a adoção da ISO 20022, especialmente em sistemas de pagamentos como o PIX, ampliando a capacidade do mercado de processar transações mais rápidas, seguras e transparentes.
Assim, a integração do LEI em mensagens estruturadas segundo a ISO 20022 não só melhora a identificação das partes envolvidas, como também fortalece a governança, a prevenção à fraude e a eficiência operacional.
O LEI (Legal Entity Identifier) é um código padronizado internacionalmente que identifica de forma única pessoas jurídicas envolvidas em transações financeiras. Sua adoção tem ganhado força em todo o mundo, especialmente no setor de pagamentos.
Vários países já estão exigindo o uso do LEI:
Banco da Inglaterra passou a exigir o LEI para pagamentos em 2018.
Bank Negara Malaysia também impôs o uso de LEI para contas específicas.
A migração para o padrão ISO 20022 está acelerando essa exigência globalmente.
No Brasil, o Banco Central já está promovendo a adoção do ISO 20022 nos sistemas de pagamento como o PIX e o SPB. Isso torna o debate sobre o LEI cada vez mais relevante também aqui.
Transparência e confiança: Permite identificação oficial e verificada das empresas em uma transação.
Eficiência: Reduz custos ao eliminar duplicidades e facilitar o compliance (KYC, AML, CDD).
Gerenciamento de riscos: Melhora o controle nas cadeias de pagamento e combate à fraude.
Acesso ao mercado global: Facilita o relacionamento com bancos correspondentes e operações internacionais.
Empresas brasileiras, especialmente as que operam internacionalmente ou com grande volume de transações financeiras, devem considerar a adoção antecipada do LEI. Isso as coloca em vantagem na integração com infraestruturas globais de pagamento.