Uma entidade filha é uma entidade definida em relação a outra entidade chamada entidade pai. As entidades filhas são geralmente subordinadas ou dependentes das entidades pais.
Em alguns casos, as entidades filhas possuem existência independente, porém, dependem da entidade pai para sua criação ou funcionamento. Em outras situações, as entidades filhas são simplesmente subconjuntos de dados que fazem parte da entidade pai, como uma divisão ou departamento dentro de uma empresa maior.
Este artigo explorará os diferentes tipos de relacionamentos entre entidades, destacando como as entidades filhas operam dentro dessas relações e qual a importância dessa estrutura para organização e gestão de dados ou negócios.
De forma simples, uma entidade empresarial é uma organização criada por uma pessoa ou grupo para realizar negócios, participar do comércio ou exercer atividades semelhantes.
Existem vários tipos de entidades empresariais, incluindo:
Sociedade unipessoal: empresa administrada por uma única pessoa.
Parceria: empresa formada por duas ou mais pessoas que compartilham responsabilidades.
LLC (Sociedade de Responsabilidade Limitada): estrutura que oferece proteção de responsabilidade limitada aos seus membros.
Corporação: entidade legal separada dos seus proprietários, os acionistas, que elegem diretores em reuniões anuais para supervisionar a empresa, enquanto os gerentes cuidam da operação diária.
Uma entidade-mãe (ou empresa-mãe) é uma empresa que detém o controle acionário total ou majoritário de outra empresa, chamada subsidiária ou entidade-filha. Esse controle pode ser resultado da criação de subsidiárias, da aquisição ou de fusões.
As empresas-mãe geralmente:
Exercem controle sobre as decisões operacionais e estratégicas das entidades filhas.
Oferecem suporte financeiro e outros recursos para suas subsidiárias.
Possuem maior capacidade para assumir riscos em comparação com suas entidades filhas.
Por sua vez, as entidades filhas, como subsidiárias, costumam ser investimentos considerados menos arriscados, pois contam com a garantia e o suporte da empresa-mãe.
Entidades filhas herdam atributos e características de suas entidades-mãe. Isso significa que, quando um atributo é definido para uma empresa controladora (entidade-mãe), todas as suas entidades filhas automaticamente recebem esse mesmo atributo.
Além disso, as subsidiárias podem também compartilhar atributos e características exclusivas da entidade-mãe, reforçando sua conexão e dependência.
Em resumo, entidades filhas são definidas em relação a uma entidade específica chamada entidade-mãe (pai). Embora possam ter existência própria, as entidades filhas não podem existir sem suas entidades-mãe, pois dependem delas e herdam seus atributos essenciais.
As entidades podem se relacionar de diferentes formas, dependendo da estrutura e da finalidade do sistema. Os três principais tipos de relacionamento são:
Nesse tipo de relacionamento, cada entidade filha está associada a apenas uma entidade pai, e vice-versa.
Exemplo: Uma pessoa tem um único passaporte, e esse passaporte pertence exclusivamente a essa pessoa.
Neste caso, uma única entidade pai pode estar relacionada a várias entidades filhas, mas cada filha tem apenas um pai.
Exemplo: Um cliente (pai) pode ter vários pedidos (filhos), mas cada pedido pertence a um único cliente.
Aqui, várias entidades pai podem estar relacionadas a várias entidades filhas, e vice-versa.
Exemplo: Estudantes e cursos — um estudante pode se matricular em vários cursos, e cada curso pode ter vários estudantes.
Obrigatório: A entidade filha deve ter uma entidade pai. Ela não pode existir de forma independente.
Opcional: A entidade filha pode existir sem estar associada a uma entidade pai.
Nota: Em ambientes organizacionais ou sistemas de dados, essas entidades nem sempre compartilham um único local físico ou lógico. Os relacionamentos são definidos conceitualmente ou por regras de sistema.
A estrutura societária de uma empresa-mãe pode variar bastante, mas um elemento central permanece: ela detém o controle acionário sobre suas empresas-filhas. Esse controle pode ser exercido de diversas formas:
Posse majoritária de ações: a empresa-mãe possui a maioria das ações com direito a voto da empresa-filha.
Direitos de voto: mesmo sem a maioria das ações, ela pode manter controle por meio de acordos de voto.
Poder de veto: em algumas estruturas, a empresa-mãe pode vetar decisões estratégicas da filha.
Esse controle permite à empresa-mãe nomear a maioria dos membros do conselho de administração da subsidiária e, em muitos casos, influenciar diretamente sua gestão e decisões operacionais.
As empresas-mãe têm grande relevância no mundo corporativo. Sua influência se estende por diversas áreas — desde o suporte financeiro até o direcionamento estratégico —, afetando não só o desempenho das subsidiárias, mas também o mercado como um todo.
No contexto de entidades filhas (também chamadas de subsidiárias), o registro e a manutenção de um LEI se tornam ainda mais relevantes. A partir das diretrizes definidas pelo Comitê de Supervisão Regulatória (Regulatory Oversight Committee – ROC), as entidades que solicitam ou renovam um LEI precisam fornecer informações detalhadas sobre suas relações de controle societário, especialmente no que diz respeito à estrutura contábil de consolidação.
Duas figuras principais devem ser informadas durante o processo de registro ou renovação do LEI: a empresa-mãe consolidadora contábil final (a entidade legal de mais alto nível que elabora demonstrações financeiras consolidadas) e a empresa-mãe consolidadora contábil direta (a controladora imediata dentro da estrutura de consolidação). Essa exigência tem como base a definição contábil de consolidação adotada pela entidade-mãe, conforme as normas vigentes no país de origem ou internacionalmente aceitas, como as IFRS (Normas Internacionais de Relato Financeiro).
A consolidação é o processo contábil pelo qual os ativos, passivos, receitas e despesas da empresa-mãe e de suas subsidiárias são combinados em um único conjunto de demonstrações financeiras. Esse processo fornece uma visão mais precisa da saúde financeira e da responsabilidade corporativa de um grupo empresarial como um todo.
As informações fornecidas no registro LEI são disponibilizadas publicamente por meio do Global LEI System (GLEIS), supervisionado pela Fundação Global de Identificação de Entidade Jurídica (GLEIF). No entanto, os dados de relacionamento entre empresas só são divulgados quando a legislação local permitir, respeitando os limites legais de confidencialidade e divulgação de informações.
É importante destacar que o fornecimento dessas informações pode ser obrigatório ou opcional, a depender da jurisdição e da natureza da entidade. Em casos de dúvida sobre a obrigatoriedade do relato da empresa-mãe ou sobre quem é, de fato, a controladora consolidada final, é recomendável consultar o setor contábil da empresa ou entrar em contato com um agente de registro LEI.
O LEI Register, uma das entidades que facilitam esse processo, oferece suporte ao cliente todos os dias da semana e pode orientar empresas e representantes legais sobre como proceder com o registro correto, inclusive quanto às obrigações de reporte de relações de controle.